Filho de Manoel Alves
Filho e de Maria Fernandes Alves, Agnelo Alves nasceu em 16/7/1932, em
Ceará-Mirim (RN). É jornalista e Prefeito de Parnamirim (RN).
Como Parlamentar é
conhecido como Agnelo Alves. Em 1966 assumiu a Prefeitura de Natal e assumiu o
mandato de Senador da República no período de 1999 a 2000, assumindo a vaga
deixada pelo Senador Fernando Luiz Gonçalves Bezerra, do qual era primeiro
suplente.
Foi eleito pelo Partido
do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Casou-se com Celina Aparecida Nunes
Alves.
Foi Secretário de
Educação do Estado do Rio Grande do Norte, Chefe da Casa Civil do Governo do
Estado do Rio Grande do Norte, Secretário de Estado do Conselho de
Desenvolvimento do Rio Grande do Norte e Presidente da Fundação de Habitação
Popular.
Foi Diretor do Banco do Nordeste do Brasil
S.A. Como jornalista trabalhou no Jornal do Brasil no Diário Carioca, em O
Jornal na Tribuna da Imprensa do Rio de Janeiro, fazendo cobertura política
junto ao Congresso Nacional. Mantém, há vários anos, coluna diária assinada no
jornal Tribuna do Norte.
Foi correspondente do Diário de Pernambuco no
Rio de Janeiro e em Brasília, mantendo coluna diária assinada na primeira
página.
Fonte: MAIA, Agaciel da
Silva. Parlamentares do Rio Grande do Norte: Sem
Nasceu
marcado pelo estigma da morte precoce. Não brincou de soltar pipa, nem de jogar
futebol como qualquer menino da sua idade e, muito menos, de tomar banho de rio
dando cangapés a esmo, como faziam os moleques do seu tempo. Ele enfrentou
outro tipo de jogo. Um duelo constante entre a vida e a morte. Venceu a
partida, apesar das sequelas que ficaram para sempre. Quem passou por tudo
isso, desafio a mais ou a menos não o amedronta. Pelo contrário, fortalece o
corpo e a alma.
Mas, a enfermidade pulmonar na infância
e juventude não impediu que fosse um vencedor. Foi repórter político da “Tribuna
da Imprensa” para o qual fazia a cobertura diária do Congresso Nacional.
Trabalhou também no “Jornal do Brasil”, “Diário Carioca”, “O Jornal”, e como
correspondente do “Diário de Pernambuco”, no Rio de Janeiro.
Tinha sido convidado pelo amigo e
compadre José Aparecido de Oliveira –padrinho do prefeito Carlos Eduardo Nunes
Alves e secretário particular do presidente eleito Jânio Quadros -para
trabalhar na Assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto em Brasília, junto
ao titular já escolhido, jornalista Carlos Castelo Branco, que tinha sido seu
companheiro na “Tribuna da Imprensa”. Com a eleição do irmão Aluízio Alves,
para governo do Estado, em 1960, alterou seu projeto original e retornou ao Rio
Grande do Norte mesmo sem saber qual função ocuparia. Aluízio já tinha
convidado o professor Grimaldi Ribeiro para a Casa Civil. Seu amigo Manoel de
Brito sugeriu o nome do jornalista Agnelo Alves para o cargo. Aluízio aceitou a
sugestão desde que ele convecesse Grimaldi a ser deslocado para a Secretaria de
Educação.Com habilidade, Brito convenceu-o a aceitar a nova proposta já que a
educação lhe daria a notoriedade indispensável a sua candidatura a deputado
federal, seu grande objetivo político.
O futuro Secretário da Educação fez
apenas uma exigência: que ele fosse o porta-voz do convite a Agnelo para
assumir a Casa Civil. E assim foi cumprido o ritual em jantar, num restaurante,
no Rio de Janeiro.
Foi
nomeado presidente da FUNDHAP (Fundação de Habitação Popular), instituição
destinada pelo governo do Estado à implantação de conjuntos habitacionais no
Rio Grande do Norte, visando à construção de casas populares para as famílias
de baixa renda. Surgiu então a “Cidade da Esperança”, o primeiro conjunto do
estado e que mais tarde, seria transformado em bairro de Natal
.Este homem, que nasceu marcado para
morrer cedo, é um vencedor de obstáculos. Prefeito eleito de Natal pelo voto
popular, em 1965, foi atropelado pelo Ato Institucional nº 05, editado em 1968,
quando implantava um arrojado plano de obras na cidade. Foi deposto e preso
numa unidade militar. Vasculharam sua administração, mas nada encontraram que
desabonasse sua conduta de homem público. Antes, já tinham sido cassados os
irmãos Aluízio e Garibaldi Alves.A mais destacada, entre elas, era o Estádio de
Lagoa Nova que, tempos depois, seria batizado de “Castelão”, durante o regime
militar, num gesto de bajulação ao ex-presidente Humberto de Alencar Castelo
Branco. Posteriormente transformado em “Machadão”, numa justa homenagem ao
advogado e cronista esportivo João Cláudio de Vasconcelos Machado, um dos
grandes incentivadores do futebol do Rio Grande do Norte.Após sua deposição
pela violência do arbítrio, comeu o pão que o diabo amassou. Tornou-se um
radical. De estilingue na mão, acertou todos os adversários. Encostado na
parede, reagiu atirando torpedos em quem aparecia. Enfrentou o perigo, mas não
se curvou aos poderosos. Sua coluna na “Tribuna do Norte”, uma das mais lidas
da imprensa do Rio Grande do Norte e incluindo sua conversa com o personagem
“Neco”, tornava-se uma das melhores prosas da província.Agnelo não pôde
completar seu mandato popular. Respondeu a duas dezenas de processos sem que
nada ficasse provado contra ele, apesar de ter assumido perante o coronel
Estevam Mosca, encarregado pelo IPM, a responsabilidade pela sua gestão por
supostos erros de seus auxiliares. Inocentado, procurou recompor sua vida
profissional, afastado compulsoriamente da vida pública, mas participando
ativamente da política através da imprensa e dos bastidores, como articulador
privilegiado.
Participou ativamente da campanha do
irmão Aluízio Alves que pretendia retornar ao governo em 1982. Dessa vez não
obteve êxito. Engajou-se na campanha das “Diretas Já”, um movimento
cívico-democrático que defendia a eleição direta para presidente da República
em 1985. Com a derrota da emenda “Dante de Oliveira” no Congresso Nacional,
postou-se ao lado do irmão Aluízio na campanha indireta, pela colégio
eleitoral, de Tancredo Neves e José Sarney à presidência da República.Tancredo
foi eleito, mas não tomou posse, vítima de uma cirurgia mal explicada que o
levaria a morte trinta dias depois. Assume o vice José Sarney, amigo íntimo do
irmão Aluízio e do próprio Agnelo a quem, na intimidade de,“bonito”. E essa
amizade se traduziu em afeto, nomeando-o, diretor geral do Banco do Nordeste do
Brasil -BNB, com sede em Fortaleza.Cumprida a sua missão junto ao governo
federal, Agnelo retornou às atividades políticas como proprietário de uma rádio
FM, em Parnamirim, comunidade que passou a visitar com frequência, fazendo
contatos políticos com velhos amigos de campanhas passadas. Disputou a prefeitura
do município em 1996, quando foi derrotado pelo adversário Raimundo Marciano
por uma diferença inferior a mil votos. Aceitou sem contestação o resultado das
urnas. A semente estava plantada.
Nas eleições para o Senado, em 1998,
foi escolhido suplente do candidato ao Senado, Fernando Bezerra, que viria a
ser eleito. Convidado para o Ministério da Integração Nacional no governo
Fernando Henrique Cardoso, Bezerra licenciou-se do Senado em 1999, sendo
convocado para substituí-lo o suplente Agnelo Alves que ficaria até 2000,
quando disputou novamente a Prefeitura de Parnamirim, desta vez derrotando o
prefeito Raimundo Maciano, que pleiteava reeleição, por uma maioria superior
dez mil votos. Assumiria, em seu lugar, no Senado o segundo suplente Tasso Rosado.
Após renunciar ao cargo de ministro da Integração Nacional, o titular Fernando
Bezerra retornou ao Senado da República, em 2002
.Ao assumir a Prefeitura de Parnamirim,
uma das primeiras medidas adotadas pelo prefeito Agnelo Alves foi instituir
“Out-door” nas áreas urbanas e nos distritos, expondo, em lugares público, o
balancete mensal da
prefeitua
com receita e despesa, para que o cidadão comum pudesse acompanhar, com
visibilidade, a situação financeira do município, além do saldo obtido, que
certamente seria aplicado em benefício de seus habitantes. Reelegeu-se em 2004,
obtendo mais de 70% dos votos do povode Parnamirim, conseguindo uma maioria
superior a dez mil votos sobre o seu principal adversário. Assegurou que vai
dedicar este novo mandato a uma política de saneamento básico do município,
preparando-o para o futuro. O prefeito pretende, também, escrever um livro
sobre suas memórias, logo após encerrar o mandato. Terá muito o que contar a
respeito de quase meio século da política do Rio Grande do Norte, como
participante, testemunha ocular, ator e coadjuvante de episódios reveladores da
nossa vida pública.
Agnelo Alves –Deputado Estadual
·Atividades Parlamentares:Primeiro
mandato como Deputado Estadual
·Partido:Partido Democrático
Trabalhista
·Data de Nascimento:16/07/1932
·Grau de Escolaridade:Ensino
superior completo
·Telefone de Contato:(84)
3232-5838 / Fax: 3232-5837·E-mail:agneloalves@rn.gov.brAgnelo
Alves
nasceu na cidade de Ceará Mirim/RN, estudou no colégio Marista em Natal, quando
foi surpreendido por problemas de saúde que lhe abstraíram a oportunidade de
continuar freqüentando os bancos escolares, dedicando-se a leitura para
compensar a falta da escola, Agnelo resolveu ajudar seu irmão, Aluízio Alves,
no Jornal Tribuna do Norte, onde tornou-se Jornalista Profissional.
Em 1955, exerceu seu
primeiro cargo público, convidado pelo Dr. Reginaldo Fernandes –Diretor do
Serviço Nacional de Tuberculose, para ser seu Chefe de Gabinete, no Rio de
Janeiro. Ainda na cidade maravilhosa, trabalhou em fases diferentes como
Jornalista na Tribuna da Imprensa, Diário Carioca, Jornal do Brasil e Diário de
Pernambuco. Do Rio de Janeiro, Agnelo voltou para Natal com o objetivo de
colaborar na campanha para Governador do seu irmão Aluízio Alves. Após a
eleição vitoriosa, o jornalista Agnelo Alves recebeu um convite do presidente
da República, Jânio Quadros, para trabalhar na sua Assessoria de imprensa
juntamente com seus amigos Carlos Castelo Branco e José Aparecido de Oliveira
que foi convidado para chefiar a equipe.Agnelo já estava de mudança, quando
recebeu um telegrama do amigo Manoel de Medeiros Brito, apelando para que ele
aceitasse a Chefia do Gabinete Civil do Governo do Estado como forma de
pacificar uma disputa política entre os deputados Aluízio Bezerra e Grimaldi
Ribeiro que pleiteavam o cargo. No Governo de Aluízio Alves, desempenhou várias
funções. Como presidente da FUNDHAP, implantou o projeto da Cidade da
Esperança, primeira experiência em habitação popular no Brasil.
Em 1965, Agnelo Alves aceitou ser o
candidato do Governo à Prefeitura de Natal, substituindo ao seu amigo Erivam
França, que, por motivos pessoais, desistiu de ser candidato. Vitorioso nas
urnas enfrentou adversários que desejavam exterminar a liderança de Aluizio e
da família Alves, que passou a sofrer uma onda de perseguição, culminando com a
cassação dos irmãos Aluízio, depois Garibaldi e por último Agnelo (então
prefeito de Natal). Cassado, preso e torturado psicologicamente pelo regime
militar, respondeu a 17 inquéritos, sendo absolvido em todos. Durante este
período usou todas as artimanhas para sobreviver politicamente. Assumiu a
presidência do Conselho Deliberativo do ABC, usou pseudônimo para escrever na
Tribuna do Norte, onde exercia funções de redator, editor etc...Como
jornalista, teve participação efetiva ao lado do irmão Aluízio Alves na
campanha das “Diretas Já”, e depois na campanha de Tancredo Neves à Presidência
da República. Com o retorno do Brasil ao regime democrático, foi convidado pelo
Presidente José Sarney para assumir a Diretoria de Crédito Geral do BNB,
assumindo, em seguida, a Presidência do Banco até maio/90, por apelo da
ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Melo.EM 1998, Fernando Bezerra, candidato
ao Senado, convidou-o para ser seu suplente. Com a posse de Fernando no Ministério
da Integração Nacional, Agnelo Alves assumiu o Senado Federal.Convocado pelos
amigos de Parnamirim, aceitou ser candidato de oposição à Prefeitura daquela
cidade, vencendo o pleito com uma consagradora maioria de 12.103 votos. Para
espanto dos seus pares no
Senado, renunciou ao mandato e assumiu
a Prefeitura de Parnamirim, realizando uma administração moderna e eficaz que
recebeu, em 2004, o reconhecimento do seu trabalho com uma maioria ainda mais
expressiva desta vez: 33.532 votos. Repetiu o mesmo estilo de administração
encerrando seu mandato com popularidade de 92% de aprovação como administrador
do município, conseguindo eleger seu sucessor Maurício Marques
.A
consagração recebida dos Parnamirinenses estimulou Agnelo Alves a pleitear um
mandato de Deputado Estadual, onde foi eleito pelo PDT.No campo literário,
escreveu dois livros: “Crônicas de Outros Tempos e Circunstâncias”, e o segundo
apresentando sua experiência administrativa:“Parnamirim e Eu”.Notas
# Agnelo Alves (PDT Oposição)
Deputado da 60ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande
do Norte do quatriênio 2011-2014# Agnelo Alves como jornalista trabalhou no
Jornal do Brasil no Diário Carioca, em O Jornal na Tribuna da Imprensa do Rio
de Janeiro, fazendo cobertura política junto ao Congresso Nacional. Mantém, há
vários anos, coluna diária assinada no jornal Tribuna do Norte.
Faleceu
no Hospital Libanes – São Paulo, em 21 de junho de 2015
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO